A patologia é a ciência que estuda as alterações estruturais e funcionais das células, tecidos e órgaos nas doenças. Como especialidade médica, a patologia se dedica ao estudo das doenças humanas através das necrópsias e exame de peças cirúrgicas e biópsias e se diferencia da patologia clínica/medicina laboratorial, uma vez que a última se dedica ao exame de espécimes tais como sangue e urina.
Com o avanço da medicina, o patologista tem cada vez mais se dedicado à patologia cirúrgica e citopatologia. A patologia cirúrgica é responsável pelos diagnósticos realizados a partir de materiais retirados do paciente, em cirurgias ou exames dignósticos como a endoscopia, colonoscopia, colposcopia, entre outros. A citopatologia se dedica ao exame de líquidos biológicos como punções de órgãos superficiais ou profundos, lavados de cavidades e esfregaços tais como o esfregaço cervicovaginal (exame de Papanicolaou).
O Patologista é responsável pelos diagnósticos das lesões benignas ou malignas tendo portanto, papel fundamental no processo de diagnóstico e, consequentemente no tratamento do paciente, sendo sempre de suma importância a correlação com as informações clínicas, cirúrgicas e radiológicas associadas. A partir do laudo emitido pelo patologista, é que o médico do paciente indicará o melhor tratamento para a sua enfermidade.
Também são funções de responsabilidade do médico patologista: a citopatologia cervicovaginal para prevenção de câncer de colo uterino (exame de Papanicolau), a citopatologia de líquidos corpóreos e as punções aspirativas de lesões superficiais e profundas, as necrópsias, o exame perioperatório ou exame de congelação, entre outras atividades. Para isso, o patologista teve uma formação de seis anos de graduação em Medicina, três anos de Residência (especialização) em Patologia e um quarto ano opcional de especialização em Patologia Cirúrgica Oncológica, Citopatologia, entre outras subespecialidades, nos centros de referência nacionais ou internacionais.
O local de trabalho dos patologistas é principalmente o laboratório, onde irá observar e estudar as alterações dos órgãos e tecidos retirados dos pacientes e emitir seu parecer, o laudo anatomopatológico. O laudo anatomopatológico é feito em duas etapas.
Na primeira etapa, o médico patologista fará um exame macroscópico do material recebido, que consiste em observar, medir e descrever as alterações mais importantes. E a segunda etapa ocorre após o processamento do material, em que o patologista fará o exame microscópico, ou seja, descreverá os achados morfológicos, associando-os aos dados clínicos e radiológicos, para então emitir um diagnóstico final. O patologista também atua dentro dos centros cirúrgicos, clínicas de imagem e reuniões anatomoclínicas como um dos médicos integrantes e atuantes da equipe multidisciplinar de atendimento ao paciente, dada a importância dos achados anatomopatológicos na avaliação do mesmo. |